pode ser do álcool



Cá para mim, pode ser do álcool. Ou da sede de poder. Eles dizem que tudo vai bem. Deu-se o suave milagre. Salva-se a economia, salda-se a dívida, prepara-se Portugal para enfrentar o futuro com outra estaleca. Tudo vai bem. O desemprego desce, ai pois desce, ora se emigra ora se desiste da inscrição no Centro de Emprego ora nos mandam para um cursilho para não constarmos da lista negra dos párias que não trabalham e ainda se queixam. Tudo vai bem. A Saúde, a Educação, os índices de pobreza (e, já agora, de riqueza também que a essa anda a dar-lhe o vento pela popa), as exportações que sobem ligeiramente, os salários que descem muito, o poder de compra a afundar-se, o nível de vida a cair até às funduras de um inferno diário. Tudo vai bem. Orgulham-se de não faltar muito para que sejamos uma nova China, o novo México na Europa. Tudo vai bem. Eles tudo farão para ganhar as próximas eleições. Mentir. Prometer. Denegrir. Sócrates que fez isto, o PS que fez aquilo, gastadores, perdulários, generosos com o dinheiro dos outros, enquanto eles, pelo contrário, usam o dinheiro de todos nós para privilegiar o capital, a banca, as grandes empresas, os grandes empreendedores, os grandes amigos, o resto é conversa fiada e bestas de carga e canga. Tudo vai bem. Eles tudo farão para continuar o saque. Para continuar ao ataque. E há-os, muitos, que nem sequer ripostam. Até gostam, que deus ou o diabo lhes perdoem.

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