socialismo engavetado


Já tive tentações, confesso, de votar no Costa. Para levar Coelho desta para melhor, pelo menos para nós tudo o que não tenha Coelho será sempre melhor, menos indigesto, o ar mais límpido, o horizonte menos velado, a vida mais leve, a verdade mais próxima. 

Mas não, não posso votar PS. Decidi, está decidido. O tempo não está para meias tintas nem meias palavras. Não está para namoros à esquerda e casamentos à direita, ora agora governas tu, ora agora governo eu, ora agora governas tu, governas tu mais eu. Não está para hollandices. Não está para palavras dúbias, ideias pouco claras, falta de firmeza, falta de garra, falta de convicções a não ser as do costume, de desmaiada esquerda na oposição, de direita assim que o governo está no papo, isto e o seu contrário se preciso for. 

Não se diga que estou a incitar à desunião da esquerda. Sou pela unidade de toda a esquerda, há muito que o desejo, mas o PS dá-se melhor com o PSD e com o CDS, apesar dos arrufos, das quezílias de nubentes. É para eles que pende o seu coraçãozinho volúvel e não serão alguns homens e mulheres, que por lá andam genuinamente empenhados em justas causas, que vão conseguir desfazer o feliz conúbio ou impedir a lua de fel, a do contínuo fornicanço do povo. Com Coelho foi à canzana. Como será com Costa?

Comentários

Prefiro a (in)certeza do PS, a ter de aguentar a corja que vendeu o País e a nossa juventude.

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