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A mostrar mensagens de 2015

coitus interruptus

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Nem nos meus tempos de ganapo, em que "ía ao peixe" com a minha mãe ao Poço dos Negros, assisti a tanta peixeirada junta. A direita, esta direita porque há outra que anda queda e muda, perdeu a cabeça e as estribeiras com a possibilidade das forças "estalinistas" tomarem o poder através de um PS que terá, nas exaltadas palavras das regateiras de serviço, abdicado da sua identidade e jorrado para o monturo 40 anos de cedências e compromissos tantas vezes molestos para Portugal e para o seu encornado povo. Agora, graças a António Costa, que quer "agarrar o poder a todo o custo", os comunistas voltaram a ter alguma, o mais certo muito pouca, influência nos destinos do País. E a direita, esta direita à direita da direita, não perdoa. Planeou, nos seus quartéis-generais, em gabinetes de guerra, a melhor forma de defrontar Costa e a besta comunista. E mais não conseguiu do que arregimentar uma dúzia de peixeirinhas de luxo que saltam de canal para canal, em

a fúria dos papagaios

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Sócrates libertado quase ao fim de um ano, sem acusação mas com muitos, muitos indícios e, definitivamente, condenado pela populaça ao pelourinho, a arraia miúda e graúda que acorreu ao chamado do deus PAF e lá foi, cantando e rindo, levados, levados sim, entregar-lhes o voto porque o PS tem um ex-primeiro ministro preso e, de cada vez que governa, leva o País à falência para vir, depois, o PSD salvar a situação e livrar os portugueses, a ordem que se segue é puramente arbitrária, da fome, do desemprego, dos salários de merda e da merda de vida. Esse mesmo PS que sempre foi um partido altamente responsável mas que, dizem os endireitadores virando o bico ao prego com a cabeça ou com os cornos, mais uma vez a ordem é arbitrária, está desta feita a colocar o País na mão dos comunistas. Dos comunistas, vejam lá!, essas criaturas que nunca quiseram governar nem deixar governar, imobilistas e dogmáticos, estão a delapidar a sua longa tradição de partido de protesto para vir negociar com o

vamo-nos a eles!

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Hoje, em simultâneo em todos os canais à hora dos telejornais, passa o filme "Vêm aí os Russos". Não perca. Momentos de grande dramatismo sobre a terrível ameaça que paira sobre toda a civilização cristã. E grave que o momento é grave e merece revisão. Da Constituição, das regras democráticas, da contabilidade dos votos porque há votos que valem por dois ou três e outros que nem deviam ser contados ou acatados, Deus nos livre e guarde de russos, bolcheviques, vermelhos, comunistas, comunas, sociais-fascistas, cubanos encapotados, norte-coreanos mascarados, comedores de crianças, matadores de velhos e de esperanças, ladrões de courelas e ai, ai, ai, mil vezes ai que agora é que são elas, é o PREC, é o PREC, vou-te devorar, crocodilo eu sou, lobo esfaimado, filho disto e daquilo, menos que um esquilo, uma perca do Nilo, enxofre ao quilo, é o diabo encarnado a cornear os abutres, a pontapear as hienas, cuidado que são perigosos, estão a dar à Costa, vão desembarcar e desgraçar-

o declínio dos alpinistas

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Vitória de Pirro ou vitória do esbirro? A estrela de Passos, e a velinha de Portas, vão esmorecendo, bruxuleando cada vez menos por mais que as bruxas embruxem e as sereias cantem como eles, no domingo passado, cantaram de galo. Hoje, estão com um galo de Barcelos a Massarelos, um galarote para o Passos, um garnisé para o Portas de serviço, a bonne à tout faire , o pau para toda a obra, obra feita companhia desfeita enquanto o diabo esfrega um olho ou o traseiro que matreiro só há um, o Paulo e mais nenhum.  O PS virou-lhes o Costa, não todo que ainda há por lá muita bosta Vital, muito Assis pouco santo, muita Vara em pocilga, muito Brilhante de pechisbeque, muitos direitinhas de esquerda quando calha ou lhes convém que a cobiça é como a velha da Piça ou o velho Matusalém, não morre nem sai de cima mas fornica quem encontra no seu caminho. Costa pode ser o bote de salvação ou a barcaça à deriva. Capitão da esperança ou um homem vulgar. Pode mudar o governo ou fechar os olhos ao

"ai mana, estou tão fartinha da diligência" ou a síndrome das manas catatuas

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Cá vai Cavaco, que me está a dar a filoxera.  Cavaco já sabia o que havia de fazer antes das eleições fosse qual fosse o resultado. Mesmo assim, precisou do dia 5 inteirinho para reflectir. E deu nisto: não indigitou o chefe do seu partido para formar governo mas para providenciar diligências. Despromoveu Coelho de primeiro a carroceiro, fez dele reles timoneiro da mala-posta pejada de recados e de presentes envenenados para quem ele não gosta, de Costa à contracosta que o homem é azedo como sopa velha. Quem se mete com Cavaco leva, diria outro Coelho que não vem à colação. E se bem conhecemos Cavaco, mesquinho e vingativo, bem pode o PS arengar que talvez, por enquanto talvez aceite ser governo com o apoio da esquerda à sua esquerda. Cavaco escavacará Costa. Declarará o estado de sítio, decretará o recolher obrigatório, determinará o retiro aos desobedientes, a reclusão aos insubmissos. Pedirá ajuda à amada Merkel, ao abençoado Junker, à querida Lagarde, ao diabo que o carr

queres estabilidade, filho?

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Queres estabilidade, filho, queres? A estabilidade do desemprego a alturas nunca vistas, não é isso, filho? E a dos desempregados sujeitos a liberdade condicional, à permanente humilhação das comparências quinzenais para mostrarem que estão vivos, que não estão a enganar o Estado, a passar-lhe a perna, a esmifrá-lo, porque essa coisa das roubalheiras é primazia e apanágio do Estado e não da vulgata, do cidadão anónimo e sem voz, aquele que, como tu filho, como tu, come e cala de cara alegre porque quem protesta ou é comunista ou mau português, anti-patriótico, um pária, um traidor. E a estabilidade propiciada aos desempregados obrigados a trabalhar de borla ou a frequentar cursilhos da treta para que, enquanto o pau vai e volta por uma côdea de pão, folguem as estatísticas douradas da propaganda governamental. Não é assim, filho? Queres estabilidade, filho, queres? A estabilidade de um emprego cada vez mais mal remunerado porque, se não aproveitares, "há mais quem

nem tudo está perdido, podem crer

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Por Baptista-Bastos Que vai restar daquilo que, apesar de tudo, conseguimos, nestes quarenta anos? Pouco. A mística que nos envolveu e nos fez agir, logo após Abril de 74, foi persistentemente esbatida, com a nossa total indolência. A vitória do capitalismo mais predador, da substituição do humanismo por uma ordem que minimiza a cultura e dá premência ao dinheiro, domina Portugal e o mundo. A União Europeia desmorona-se, porque, na realidade, nunca existiu. Os "mercados" deixaram de ser abstracções entediantes para se tornarem nos vampiros da canção: estão em todo o lado, tudo devoram e não deixam nada. Portugal está à beira de qualquer coisa, e ninguém sabe bem de quê. Mas o panorama não augura nada de bom. Os partidos que se têm alternado no poder são uma miséria política, moral, social e filosófica. As vozes isoladas, que recalcitram contra este amorfismo, são perseguidas, saneadas, ou tidas como obsoletas. O dr. Passos Coelho, desabusado e sem pingo de verg

contra o medo

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Por Baptista-Bastos O medo é a inspiração e o respaldo dos tiranos. Nós, portugueses, temos sofrido, ao longo da História, doses substanciais de medo e é surpreendente que, mesmo assim, subsistimos como cultura e como força moral. O antifascismo é isso mesmo: uma força moral que congregou monárquicos, republicanos, comunistas, católicos, animados pelo singelo desejo de liberdade. A ideologia que os reuniu consistia nesse poder incomparável, talvez possível de sintetizar no verso admirável de Carlos de Oliveira: "Não há machado que corte a raiz ao pensamento". Nestes últimos quarenta anos, o medo tem sido um dos instrumentos daqueles dos nossos governantes que, para se manterem no poder, utilizam toda a utensilagem de que o medo dispõe.  As ‘sondagens’, que pareciam credibilizar o rigor das informações, serviam como viático para a jornada do medo. Caíram por terra, no Reino Unido, e, agora, com fragor idêntico, na Grécia: davam empate técnico ao Syriza e à Nova De

em plena indignidade

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Por Baptista-Bastos http://www.cmjornal.xl.pt/ Passos Coelho não deixa de me surpreender com a insistência no embuste e no desprezo pela verdade e pela clareza de propósito. Confrontado, no mercado municipal de Braga, por uma multidão de "lesados" do BES (roubados com descaro, diríamos apropriadamente), ofereceu-se para ser o primeiro de um hipotético abaixo-assinado que levasse os prevaricadores a tribunal. Estamos em plena indignidade ou no grau mais desprezível a que a política chegou. Passos sabe que a oferta é falaciosa, impossível de cumprir pela sua própria insustentabilidade: o Governo, todo o Governo, seria acusado, e não haveria cadeiras no tribunal para sentar número tão elevado de indiciados. Mas Pedro Passos Coelho tem este grave defeito de carácter: a verdade dos factos é, para ele, de somenos. Promete; depois, logo se vê.  Agora, arrasta consigo, para os comícios, o pobre Paulo Portas, cada vez mais desamparado e trágico. Um, expõe dois dedos abert

colisão frontal (na rota da velhacaria humana)

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detesto mijinhas

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Os outros, vocês sabem quem, aumentaram o IVA e o IRS. Criaram contribuições extraordinárias, ora de sustentabilidade, ora de solidariedade. Retiraram quase todos os benefícios fiscais. Cortaram nas indemnizações por despedimento. Cortaram feriados. Reduziram ou eliminaram subsídios. Subiram as custas judiciais, os transportes, as despesas com Educação e Saúde. Pagamos mais caro do que a maior parte dos europeus a gasolina, o gás, a água, a electricidade. Que diz o PS a tudo isto? Promete repor um feriado aqui, reparar uma injustiça acolá, como se nos estivessem a conceder uma nova benesse a que até agora não tínhamos direito. Por outras palavras, quase tudo o que nos roubaram vai ficar onde está, nos cofres do Estado, para pagar ao FMI e ao BCE, para ajudar a banca em caso de novo "azar", para amealhar. Nunca se sabe o dia de amanhã. Nem as despesas a que é preciso fazer face, há swaps , há PPPs, há fundações, há frotas automóveis, há boys a precisar de jobs , há negóci

açaçinar a língua, os refujiados, os cumunas

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love is in the air

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Pedrito quer uma campanha eleitoral cheiinha de amor. Foi ele mesmo que disse. Assim mesmo: amor. Não foi cheia de verdade. Nem de realismo. Nem de lealdade para com os adversários políticos. Nem de aversão à demagogia. Foi amor. Pedrito pede, exige dos seus concidadãos o mesmo amor que lhes dedicou ao longo dos últimos quatro anos, aos pensionistas, aos reformados, aos professores, aos médicos, aos enfermeiros, às forças de segurança, aos trabalhadores em geral, aos desempregados, aos emigrados, a todos nós que não estamos na lista dos VIP do País. A Pedrito, chegou-lhe agora a pieguice. Lá bem no fundo, Pedrito tem bom fundo. Tão bom que até quer promover uma vaquinha para ajudar os lesados do BES a livrarem-se dos abrolhos com que o próprio Pedrito os flagelou. Pedrito é afinal uma santa alma. Um esmoler. Um sensível. Canonize-se Pedrito. Faça-se uma outra vaquinha, esta para erguer um santuário em honra e memória de Pedrito. Em Fátima. Em Santa Comba. No Portugal reconhecido a P

a modernaça censura , o regresso dos coronéis, os demo cratos, barretos, coelhos e etc., etc., etc.

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Por Paula Simões https://paulasimoesblog.wordpress.com Em Julho passado, a comunicação social fez saber que o Secretário de Estado da Cultura tinha promovido negociações entre a Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC), Sociedades de Gestão Colectiva (SGC), representantes de titulares de direitos, Operadores de Telecomunicações (ISPs), entre outras entidades, das quais resultou um memorando de entendimento, em que as SGC enviariam à IGAC uma lista de sites, que a IGAC por sua vez remeteria aos ISPs para que estes bloqueassem os referidos sites. Este processo é assim realizado entre entidades privadas e uma entidade pública (IGAC), que tenho vindo a perceber como parcial e com parco conhecimento nas questões de direito de autor, nos vários contactos que tenho tido com a IGAC. É um processo extremamente perigoso. Não há um juiz, não há uma acusação, nem um processo em tribunal. O que significa que se o leitor tem um site ou um blog onde escreve regularmente e as

socorro, estou a ser bombardeado!

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As boas notícias surgem em imparável catadupa: ora é o emprego que sobe, ora é o défice que desce.  Ele é a economia que está fulgurante e as exportações que somam e seguem espampanantes. E há os novel papás que já podem ficar mais tempo em casa assim que o rebento nascer. E os velhos que vão ficar mais amparados. E o IRS que vai em parte ser devolvido, todos os dias um nadinha mais. E a Justiça que pôs a casa em ordem e até já prende rivais políticos. E a Saúde. E a Educação. E a Segurança Social. Tudo boas notícias a chegarem-nos sempre que abrirmos a goela da rádio, folheamos um jornal, vemos um telejornal. Antes de Abril, apesar da censura, muitos jornais e jornalistas mantinham a dignidade. Agora, entregues os jornais a angolanos e a escrita a tarefeiros, temos pior informação e a mais escandalosa e massiva propaganda. Esta gente, a que nos governa e pretende continuar a governar, é capaz de tudo. Da mentira mais abjecta ao estratagema mais ignóbil. Tenho medo de viver nu

para quem ainda não percebeu no que está metido

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Por Pacheco Pereira http://abrupto.blogspot.pt/ Há uma parte da oposição a este Governo e à coligação que ainda não percebeu no que está metida. Nessa parte avulta o PS, que acha que isto é um filme para 6 anos, ou, vá lá, 12 e está num filme para adultos, ou como se dizia antes, "para adultos com sérias reservas". Não, não é o Bambi, é o Exorcista ou o Saw.  Tenho um bom lugar de observação da linha da frente no combate político com a actual "situação". Sei disso porque há muito tempo que conheço o vale-tudo, de artigos caluniosos a comentários encomendados em massa, até ao célebre cartaz anónimo, que não se sabe quem fez, nem quem pagou. Mas a mensagem é clara: não o ouçam porque é um radical violento. Tenho um processo instaurado pela "massa falida da Tecnoforma". Não digo "tenho sido vítima", porque não sou vítima coisa nenhuma, estou onde quero e faço o que entendo dever fazer. Se chovem paus e pedras, são para mim como elog

a velha mulher síria

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Por Baptista-Bastos http://www.cmjornal.xl.pt/ A velha mulher síria tenta escapar por uma fenda da cerca de arame farpado húngaro, que se estende ao longo de quilómetros. É uma velha mulher possante, e segue o caminho de centenas daqueles que fogem das misérias nacionais. Fica tomada numa pua e um familiar socorre-a, um pedaço de roupa prende-se, ela tenta reavê-lo, o familiar adverte-a de que não podem perder tempo, lá vêm os guardas, pressurosos e inclementes. Uma luz da tarde ilumina o rosto da velha mulher síria: um rosto sulcado por mil rugas, mil sóis e mil dores. Ela é um desses muitos milhares de seres humanos, velhos e velhas, homens, mulheres e miúdos sírios, afegãos, turcos, iraquianos, líbios, iranianos, outros, caminhantes de países hostis, afogados no Mediterrâneo, que todos temem ou desprezam, e que o discurso oficial orna de frases bonitas e intenções nobres. A Alemanha já disse que só recebe perseguidos políticos; perseguidos da fome e da miséria, não. Fog

ou anjinhos de todo

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Que, à primeira, as gentes conservadoras tenham votado no Coelho até consigo compreender. O homem apresentava-se com uma aura de integridade de fazer inveja ao Santo Padre, era um ser remediado com tenda humilde montada em Massamá, era um dos nossos, muitos acreditaram que iria limpar o país de maus costumes, combater o clientelismo, erradicar o despesismo, derreter para sempre as gorduras do Estado, as fundações, as PPP, as frotas de luxo, os fretes aos empresários amigos. Ao invés, nada disso aconteceu. As gorduras cresceram - é preciso engordar amigos e apaniguados -, e enquanto o emprego desceu colossalmente, os jobs para os boys aumentaram exponencialmente, As promessas viraram mentiras, as gorduras que disse ir combater transformaram-se na venda dos últimos anéis, os salários foram cortados, as pensões reduzidas, os impostos aumentados, o Estado Social destruído. Assim sendo, palavra de honra que não entendo como as mesmas almas conservadoras, se gente de bem, possam s

range, rangel!

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Do alto da altaneira estatura de deputado do Parlamento Europeu - que, como toda a gente sabe, tanto jeito dá a Portugal e à maior parte dos países do continente enfermo -, Rangel rangeu a esplendorosa cremalheira para nos dizer que nunca, num governo PS, estaria um antigo primeiro-ministro sob investigação ou o maior banqueiro do país em prisão domiciliária. Então e a separação de poderes, Rangel? São os governos que decidem quem é preso e quem é investigado? Ou, descaindo-se, terá vindo Rangel confirmar que alguns dos processos em curso foram levados a cabo sob batuta, inspiração ou decisão governamental? Muitos já suspeitavam. Eu tinha quase a certeza e agora não tenho dúvidas, a exemplo do Presidente residente em Belém. Tal como sei que, sob os governos PS, as gentes do PSD ligadas ao BPN, algumas bem gradas, escaparam incólumes. E que outros processos, muitos, envolvendo figuras do antigo PPD e do CDS actual PP, nunca passaram de águas de bacalhau. Continuam aliás a cheir

má sorte a de ser professor

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Não sou professor. Mas sou-lhes totalmente solidário. Que triste sina a de, todos os anos, muitos serem condenados a leccionar a dezenas, quando não centenas de quilómetros de casa enquanto outros nem sequer conseguem colocação. Há dinheiro para escolas privadas, nunca para escolas públicas. Essas devem fechar, a bem de uma educação de "qualidade" para os felizardos que a podem pagar. Atolados em porcaria até mais não, vamos insistir na receita de sempre, em alternar os que andam no alterne, prostituindo o País, violando-nos direitos e conquistas.  Abril vai longe. O Inverno chegou para durar. Assim escolhemos, ainda que roubados, mesmo que profanados. ALAMY/The Telegraph

campanha orquestrada ou simples coincidência?

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Vou tentar acreditar que tudo não passa de coincidência, que o recato familiar não se compadece com a visibilidade inerente às funções de Estado, que a Lolita é uma mulher de força e o marido um homem de inesgotável bondade. Vou crer em tudo. Até no Pai Natal, no Gato das Botas, na reencarnação, na Nossa Senhora da Conceição.

de cartaz em cartaz, CATRAPÁS!

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Este post é uma homenagem a alguém, Luís Vargas de seu nome, que vem demonstrar que quem "milita" nas redes sociais não luta em vão. A voz de cada um de nós vai fazendo eco, multiplicando-se, desdobrando-se por amigos, conhecidos, simpatizantes virtuais. A denunciar a pose de Estado de alguns labregos que, sem a muleta da política, não seriam nem ricos nem famosos. A ridicularizar a intrujice, cada vez mais alarve, mais detectável, descarada. As imagens que se seguem foram todas recolhidas da sua página no Twitter (https://twitter.com/varguizm/media). Partilhe. Tem que acontecer ao PAF o mesmo que ao balão nas mãos de um qualquer energúmeno: inchar até rebentar.  Pífio PAF. Pum!

a besiché a belém!

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Não sei se lhe chamam Besiché ou Beliché e para o caso tanto se me dá como se me deu. É a alcunha que lhe dão em alguns sectores do PS que não a gramam nem com creme de pastel de Belém a cobrir-lhe as ricas vestes porque o PS não é um saco de gatos, é um covil de feras, umas amansadas, outras prontas a mostrar as garras e a exercitar o dente. E eis que Besiché, ou Beliché que para o caso tanto faz, quer ser presidenta. Não. Sampaio da Nóvoa está demasiado à esquerda, representa a ala "radical" dos socialistas, António Costa incluído no pacote. Era preciso encontrar uma espécie de Durão Barroso de saias, disposta a, qual Cavaco, fechar os olhos a todas as aleivosias e desmandos do governo PS, se o PS for governo, coisa que duvido tal a imagem que o Partido tem dado de si, partido e repartido em facções, interesses, convicções tão diferentes e silêncios vários. Do alto da sua obra, que inclui uma passagem pelo BES ora falido, Besiché quer mas Besiché não terá. Por mim, estou f

muralhados!

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De postiço no toutiço, para melhor acondicionar a trampa, Trump anda por aí, à rédea-solta, a arengar contra os mexicanos, na sua opinião criaturas patibulares que não deveriam conviver com os americanos, nem sequer para os servir em regime de escravidão. Trump-trampa quer um muro a separar o México da gloriosa pátria que tal filho pariu. Do lado de cá, na Hungria, já se está a construir um muro para impedir a entrada de refugiados no país da novel ditadura sobre a qual a UE nada diz a respeito, porque os ratos não falam. Na Bulgária, também se projecta a construção de um muro para que a gentalha, fugida à morte, não encontre melhor sorte. Nas leis do trabalho, na política salarial, na prática desumana dos governos, na crueldade de costumes, os tempos medievais estão de volta, a era das trevas repete-se para gáudio de Trumps e governantes de trampa dominados por uma elite financeira cuja moralidade está ao nível do esgoto. As novas muralhas ficarão para a História como símbolos da

arfai, arfai, damas do meu país!

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Coelho foi eleito o sétimo político mais sexy do mundo. Deve ser por nos andar a fornicar a todos desde há quatro anos. Há quem goste. Quem peça mais. Quem vá votar para ter mais. Umas doidivanas. Ou assim. E que dizer de Cavaco Silva que, numa lista de 200, ficou em 72º lugar? Ou a política mundial anda pelas ruas da amargura ou o voto foi pedido a senhoras para cima de 90 anos e com falta de vista. Eu acho. Correio da Manhã

as armas dos canalhas

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Lembro-me da tentativa de liquidar politicamente Lurdes Pintasilgo, quando esta concorreu à presidência. Que era lésbica, diziam uns. Que era da Opus Dei, diziam outros. Sócrates também não escapou, andava "metido" com um actor. Agora é Sampaio da Nóvoa. Que se trata de um desertor, não podendo por isso ser o chefe supremo das Forças Armadas. Todas as armas são úteis para combater o inimigo. Os fins justificam todos os meios. Mesmo que seja verdade, que Sampaio da Nóvoa tenha "fugido à tropa", terá sido antes ou depois do 25 de Abril? Faz toda a diferença. Se antes, merece ainda mais o meu voto.

quando a política mete nojo

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A gente sabe como os detentores do poder, e os aspirantes ao mesmo, mentem, intrigam, deixam cair suspeitas sobre gente tantas vezes impoluta. Agora, é Sampaio da Nóvoa que está na corda-bamba, tal como Lurdes Pintasilgo o esteve há anos quando se candidatou à presidência da República, de beatona a lésbica tudo lhe chamaram, ou, mais recentemente, Sócrates, de quem correu o boato (feito circular propositadamente, soube-se sem que os culpados tivessem sido beliscados) de que teria juntado os trapinhos com um actor da nossa praça. Agora, repito, o alvo é Sampaio da Nóvoa. Ainda lhe hão-de descobrir um arranjinho com o diabo em pessoa, um passado comprometedor, um antepassado condenável, que prefere bifes mal passados, que gosta de sangue, seja o que for. Por agora, à falta de melhor, andam pelas redes sociais, a mando sabe-se lá de quem, a chamar-lhe desertor e a negar que o homem seja de esquerda, de esquerda será Maria de Belém ou até, os milagres acontecem, Marcelo Rebelo de Sousa. A

esta cachola não pára, nem no samouco para meter água!

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A criatividade de Passos e da sua trupe não tem limites, as cachimónias fervilham de ideias, trabalham a mata-cavalos para se salvarem do naufrágio iminente. E sabem da poda como ninguém. Maquiavel, se fosse vivo, não desdenharia tê-los como discípulos. Ah canudo!, eles sabem o que fazem, tiro-lhes o chapéu. Sempre disse, e continuo a dizer, que Coelho não vai largar o poder sem dar luta. Agora, para lá das mentiras, das promessas, da propaganda que fazem aos partidos respectivos enquanto governantes, da sua omnipresença nas televisões, da comunicação social que lhes está engajada, eis que inventaram uma nova modalidade de campanha eleitoral: fazer leis benéficas para um ou mais grupos de eleitores ... a serem aprovadas depois das eleições, neste caso os velhinhos que tanto fizeram penar estes quatro anos. Como quem diz: Está tudo prontinho, a lei que o vai favorecer está escrita, pronta a ser publicada em Diário da República, mas como deverá compreender agora só depois da

venho dar uma mãozinha ao PS

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Eu quero lá saber se o PS produziu cartazes a fazer lembrar o divino espírito santo ou se o PAF - vulgo PSD/CDS - recorreu a bancos de imagem estrangeiros para a sua campanha eleitoral. Estou-me nas tintas. Borrifando e andando para não cheirar mal. O que devia estar a ser discutido, e em força, eram as propostas políticas (e não as promessas, as mentiras e as promessas mentirosas), eram os projectos para o País de cada um e, diz-me o que fizeste dir-te-ei o que és, o que se fez de muito errado, de erradíssimo, de pecaminoso, de criminosamente errado durante o consulado do PSD/CDS, agora PAF como quem bate leve, levemente. Não faço grande questão em que o PS ganhe as eleições, mas tenho todo o empenho em que o PAF as perca. Como os portugueses ainda não descobriram uma alternativa ao alterne, então que ganhe o PS, e e é por isso que lhe venho dar uma mãozinha. O PS não tem criativos à altura para fazer "passar a mensagem"? Edson Athaíde está em baixo de forma? Os c

os agarrados ao tacho também curtem panelas

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Foi o panelaço. Manifestação contra a presidenta do Brasil e o seu governo. Damas e cavalheiros ostentaram panelas que fizeram ribombar com ódio. Isto trouxe-me à memória as senhoritas e senhoritos chilenos que, no início dos anos 70, protestavam contra Allende recorrendo ao trem de cozinha, Tempos depois, Pinochet mergulharia o país num banho de sangue e governaria sob a égide do terror e das teses neoliberais que depauperaram o Chile, embora alguns prefiram chamar-lhe milagre económico.  O mesmo milagre económico que estamos a viver em Portugal. Privatizações tresloucadas, cortes de salários, destruição da Escola e Saúde públicas, aumento substancial da pobreza e uma elite cada vez mais rica. Que o Brasil resista à má onda. Que os brasileiros saibam escutar os avisos da História.