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A mostrar mensagens de maio 11, 2014

os novos patrões de roça

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Este vídeo não me deu vontade de rir, está demasiado perto da realidade. Todos os dias oiço casos de salários mínimos pagos em funções exigentes, sem horários nem compromissos por parte da entidade empregadora. Foi isto que Passos quis, é isso que Passos tem. Passos e os seus mandadores lá por Berlim, Bruxelas ou Washington, os diligentes lacaios dos senhores do mundo. Bem podem - Pedro, Paulo e os seus apóstolos -, chorar lágrimas de negras carpideiras ao falar do "flagelo" do desemprego jovem. Pois se foram eles que o quiseram! Pois se foram eles que o criaram de propósito, para que os jovens - a maior parte sem família nem hipóteses de a ter - possam aceitar escravizar-se por tuta-e-meia. Para que os mais velhos, ainda a receber salários minimamente decentes, possam ser despejados no depósito da carne podre em troca de carniça fresca, barata e boa: bife do lombo, filet mignon, picanha ou maminha pelo preço do chispe, das tripas, da fressura. Foi a isto que n

o POT já tem hino

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a saída limpa

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tragam-me um espanta-espíritos!

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Eu sabia! Eu sabia que muitos dos deputados que vagueiam pelo cemitério das palavras gastas são almas do outro mundo ou, com alguma indulgência a merecer canonização, alucinados mortos-vivos.  A prova chegou-me finalmente, por via divina: Alexandra Solnado, a profetisa que já escreveu vários livros ditados por Jesus Cristo, não faz a coisa por menos, está hoje na Assembleia da fanada República, e não serão perdidos os seus passos, para falar "de vidas passadas".  Não há dúvida, os fantasmas perseguem-nos, o terror cerca-nos, salvam-nos os espíritos santos, o milagre de Fátima e  o hossana do Futebol . É o nosso Fado . Com troca de vogais e tudo. ÚLTIMA HORA: a palestra acaba de ser cancelada. Pelos vistos, ainda há gente viva na Assembleia da República.

sopa dos pobres em santa apolónia

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E diz Passos que os nossos "amigos" europeus nos ajudaram a evitar uma tragédia social. E diz Paulo Rangel que é preciso celebrar a saída da troika. E dizem que estamos no bom caminho. E dizem que há milagre económico, que estamos em franca recuperação, que os sinais são positivos. Não há desemprego, nem miséria, nem sem-abrigos, nem cantinas sociais. A traição ao povo não é traição à Pátria?

os 300 milhões de um governo poupadinho

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O valdevino do Sócrates andava a gastar demasiado dinheiro em obras nas escolas. Crato, o melhor ministro da Educação que Portugal alguma vez teve, mandou parar as obras sem cuidar de quaisquer implicações jurídicas. Resultado: o Estado, através de nós, penitentes pagadores, pode vir a ter que indemnizar construtoras, projectistas e outras entidades com uma maquia, uma ninharia, coisa pouca, que pode ir dos 300 aos 400 milhões de euros. Sem que, em troca, se tenha construído um edifício, uma sala de aula, um canteiro. Mas, vejamos as coisas como elas são, o melhor ministro da Educação que Portugal alguma vez teve já agiu, como é seu apanágio: à falta de obras de pedra e cal, autorizou o gasto de mais de 3 milhões de euros em contentores para acolher os alunos.  Como quem aloja gado. Como quem recolhe o lixo.

o ofício de ser português

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Por Baptista-Bastos http://www.dn.pt/ Ser português não é, somente, uma nacionalidade: é um rude e dificultoso ofício, cujo exercício deixa os seus praticantes depauperados e atormentados. Tudo aquilo que constituía o edifício moral da sociedade foi depredado pela mentira, pelo embuste e pela malevolência. A pecha é transversal: todos os sectores têm sido atingidos e creio ser extremamente difícil remover a nódoa. Começou a campanha eleitoral, e o propósito de esclarecer não melhorou. Como acreditar nos que, até agora, apenas acirraram os nossos desgostos, aumentaram os nossos sofrimentos e acrescentaram o ódio às nossas raivas? A imprensa perdeu o viço e nada esclarece, como lhe competia, a fim de racionalizar o que as televisões noticiam. Os rostos mortos daqueles que tais surgem nos ecrãs com uma persistência que revela a preguiça e a ignorância de quem os alimenta. Perdeu--se o lado humano da vida e admitiu-se como fundamental e regra o número a estatística, a futilidade v

a cassete e o cassetete

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Nos últimos três anos, o partido único PSD/CDS não larga a cassete com a cantilena de sempre, que o PS deixou o País na bancarrota. E agora, com a saída asseada e a campanha eleitoral, é que é vira o disco e toca o mesmo. Com o volume no máximo. Acusar sempre a mesma pessoa já enjoa. Não morro de amores por Sócrates - aliás, poucos são os socialistas por quem nutro admiração - mas recuso-me a acreditar na teoria da mentira que se torna verdade depois de muito repetida. A cassete terá um lado B? Ponham-na a tocar. Antes que vomite. Nauseado já ando, de há uns anos para cá. Em boa verdade vos digo: isto só lá vai a cassetete.

uma canção para a europa

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400 novos empregos, subida de salários, baixa de impostos, o PS atolou-nos mas nós salvámos o País e os portugueses ... ... se o tribunal chumbar algumas das nossas medidas, vai haver segundo resgate e mais aumentos de impostos ... queremos embaratecer ainda mais os salários e reduzir, a zero, os direitos dos trabalhadores ... vamos acabar com o Estado Social ... connosco, os ricos estão garantidos, escapam à Justiça e aos impostos ... a troika foi uma querida, salvou-nos de uma catástrofe social ... Vá. Vá em cantigas. 

a ética em código

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O governo, o da saída airosa, quer um Código de Ética para o SNS. Até aqui, tudo bem. Sou pela ética, boas práticas, brio profissional, honestidade e tal. Mas, esmiuçando o papelucho, chega-se ao fundo da questão, à verdadeira razão para que, como se mais nada houvesse para fazer, o governo, o da saída higiénica, se viesse agora preocupar com a ética dos outros (porque, quanto à deles, estamos conversados): todos os funcionários que façam declarações públicas que prejudiquem a imagem dos seus serviços serão punidos. Por outras palavras: um enfermeiro, um médico, um dirigente hospitalar não podem denunciar, nunca mais, quaisquer medidas austeritárias - e autoritárias - que prejudiquem os doentes. Ou que os mandem desta para pior. O governo, o da saída de irrepreensível asseio, e Paulo Macedo, sempre tão gabado por comentadores e afins, vão acabando com o SNS mas implementam, em troca, as primeiras bases de um regresso à censura. Paulatinamente, vamos voltando ao antigamente. Mas, q

a ascensão dos esclavagistas

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Mais uma vez, o governo propõe mexidas nas leis laborais. Para proteger os trabalhadores? Claro que não. Para os tornar mais precários e mais baratos. Até quando? Até quando vão os portugueses aguentar esta gente? Que teremos em vez de coluna, de sangue, de cérebro, de orgulho?

alzheimer na alta finança

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Sou um génio das finanças, da economia, da governação. Desde o início da crise, desde Sócrates, que tenho estado irredutivelmente contra a austeridade que só atinge os "pequenos", nunca os "grandes", o mexilhão que se lixa enquanto a lagosta se dá a luxos. É que eu cá, ao lado do FMI, sou um crânio. Os gajos tanto se declaram contra a austeridade como a favor, tanto dizem hoje uma coisa como, amanhã, o seu contrário se preciso for. Desta feita, foi Lagarde a avisar que ainda serão precisas mais reformas em países como Portugal. Reformas, no vocabulário deles, significa uma só coisa: austeridade, cortes nos salários, pensões, escola e saúde públicas. A morte do Estado Social para proveito dos "mercados", essa entidade que poucos sabem o que é, quem os constitue, mas que tanto mal nos faz. Sou um génio, não há dúvida. Ponham-me a governar. Farei melhor do que Passos, prometo. Aqui, e só aqui, estou com Mira Amaral, com a vantagem de o dizer sem uma