onde se fala, sobretudo, de medíocres e galarós

Por Baptista-Bastos
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(...) há dias tive a pouca sorte de ver, na SIC, uma penosa entrevista a Durão Barroso, feita por um galaró (é assim que chamam ao sujeito, na Redacção onde trabalha), que já teve graça e coragem, atributos que parece ter perdido. Um paleio desordenado, apenas com uma direcção e um sentido: o de ser panegírico do Barroso. O estranho documento não serviu a ninguém e, como reflexo involuntário, deu uma imagem turva do jornalista e uma ideia desgraçada do entrevistado. Sabe-se que o homem não é muito consentâneo com a inteligência (apesar dos elogios frenéticos do Marcelo), nem está hipotecado a uma competência fértil. É um medíocre afectado e servidor obsequioso dos poderosos. Como, aliás, entre outros exemplos, se registou na Cimeira dos Açores, com Aznar, W. Bush e Tony Blair, na qual estes combinaram a criminosa invasão do Iraque, enquanto o mordomo Barroso ia tomar um café numa pastelaria ali próxima.

Estas peripécias, embora tristes e funestas, são sempre passageiras. Deixam atrás de si um rasto de morte e de assombro, como no caso do Iraque, mas outros tempos virão atrás dos tempos. Não podemos é abandonar a exigência crítica, nem a razão da consciência histórica. Coragem, companheiros!

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