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A mostrar mensagens de agosto 25, 2013

o paradigma a combater

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Por Baptista-Bastos http://www.jornaldenegocios.pt Já escrevi, noutro jornal, o "Diário de Notícias", uma prosa amena acerca da reunião do PSD na Quarteira. Uma crónica modesta, de usos e hábitos, sobre um encontro que já nem os seus promotores entendem como tendo práticos objectivos políticos. Uma espécie de grupo excursionista, no qual as senhoras se perfumam e abrem um pouco mais os decotes, e os senhores sorriem muito e trocam historietas e anedotas maliciosas. Nada de grave. Até o primeiro-ministro, na qualidade de secretário-geral do partido, surgiu como um homem acabrunhado e melancólico. Nos últimos tempos, o PSD tem andado numa roda de infelicidades múltiplas e variadas, tantas que nem merece a pena enumerá-las. A reunião da Quarteira terá sido uma delas, mas aguarda-se mais. Não é de admirar que o pobre Passos Coelho esteja cada vez mais envelhecido. O festim começou com a nomeação de Maria Luís Albuquerque, continuou com as quezílias internas; &quo

é arrasar de vez!

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Acidente? Incúria? Crime? Não sei. Mas sei que tem morrido gente. Mas sei que têm morrido pedaços do meu país. Como se não bastasse a venda ao desbarato de empresas e património, Portugal incendeia-se. E, ao incendiar-se, apaga-se. Extingue-se. Destruído como um castelo de cartas ou de areia. Diante dos nossos olhos. E da nossa angústia, E do nosso desespero. E das nossas lágrimas. O sal da Terra. Da nossa terra. Que, tal como nós, não merecia um destino assim. Um castigo assim. Imagem:  http://diariodigital.sapo.pt

repetente-repelente

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Imagem:  http://henricartoon.blogs.sapo.pt/

ah boazona!

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Numa altura em que Coelho e os lobos andam à solta, o Bloco de Esquerda não encontrou melhor acção que nos salve de lupinos e leporídeos do que lançar o debate sobre o piropo e a melhor forma de o legislar. Isso, legislar o piropo. Para que todos os marialvas sejam castigados. Depois, não se queixem de que perdem devotos e votos. Imagem: Steven Governo - Global Imagens/ http://www.dn.pt

democracia à russa

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Konstantin Altunin é um pintor russo e tinha alguns dos seus quadros em exibição num museu de São Petersburgo. Um dos quadros tem o nome de "Travestis" e mostra Vladimir Putin penteando Dmitri Medvedev, ambos em trajes menores femininos. Outro representa o deputado Vitali Milonov, autor da lei que penaliza a "propaganda homossexual ", junto de uma bandeira com as cores do arco-íris. Os quadros foram apreendidos, o museu fechado e o pintor está em fuga. Abençoada democracia!

agora é que vão ser elas!

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As férias estão a acabar, os políticos vão voltar. Deixaram-nos em sossego umas semanas, demasiado poucas, manifestamente curtas. Mal ouvimos ameaças durante este período. Nem que os portugueses ganham demais nem que trabalham de menos. Nem que os cortes vão ser drásticos nem que os despedimentos vão ser radicais. Ouvimos poucas mentiras ou falsas promessas. Não houve propaganda, da serôdia, da trapaceira, da mais barata, que a vida custa a todos e os assessores de imprensa estão pela hora da morte. Os nossos cansados corações repousaram. Suspirámos de alívio. Convencidos de que tudo não tinha passado de pesadelo. Que Coelho, Relvas, Borges, Cavaco, Duarte Lima, Dias Loureiro, Merkel, Barroso, Draghi, Lagarde, J P Morgan, Goldman Sachs, Lehman Brothers, BPN, BPI, BIC, BCI, BCP, BPP, PPD, PSD, PP, CDS, toda a corja e o respectivo séquito de assessores, seguidores, conselheiros, mandatários, mandatados, parceiros, associados, amigos, amigalhaços e amigados, todos os que têm olho em

morrer em vão

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Por Viriato Soromenho-Marques http://www.dn.pt/ No distante dia 27 de Abril de 1971 subia à tribuna da Assembleia Nacional um deputado de 44 anos, integrado na chamada Ala Liberal da Primavera marcelista, de seu nome José Correia da Cunha. Licenciado em Agronomia (1949) e Geografia (1963), colaborador de Orlando Ribeiro, Correia da Cunha não saberia que ao ler o seu discurso intitulado "O Ordenamento do Território, Base de uma Política de Desenvolvimento Económico e Social", estava a inaugurar a política pública de ambiente, tentando transformar Portugal num país mais civilizado. Recordo Correia da Cunha, felizmente ainda entre nós, como homenagem aos corajosos bombeiros caídos na luta contra os incêndios que atingem o país. Como visionário e homem de acção, Correia da Cunha sabia que Portugal iria ficar desequilibrado demograficamente nas décadas seguintes. Milhões de portugueses sairiam das zonas rurais em direcção ao litoral. Era de interesse nacional ordenar

o presidente póstumo dos bombeiros mortos

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Por Artur Portela http://www.ionline.pt O fogo está aí. Os mortos estão aí. O Presidente da República está aí. Não interessa, agora, quem é o Presidente da República. Que nome próprio tem. Que apelido. Que passado político. Estamos num outro nível. O nível do Presidente da República. O símbolo, a voz, o papel. A esperança que diz. O País que representa. É esse que convocamos, nele. É esse que, nesta geografia do fogo que é, por estes dias, Portugal, nesta economia do fogo, nestas finanças do fogo, nesta política do fogo, neste porventura comércio do fogo, diz apenas, manda aliás dizer, a expressão institucional dos seus institucionais sentimentos. Ora isto não é Portugal. Os portugueses não são isto. Sê-lo-á a falta de política florestal, a falta de estratégia no combate ao fogo, a falta de efectivos, a falta de meios. A burrice neo-liberalizada ao quadrado. Capaz de beatificar um economista contra um ce

monte da lua, mar da tranquilidade

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o feitiço das nações

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Fotografias de Cristina Menezes Alves https://www.facebook.com/CristinaMenezesAlvesFotografia

há coelheiras, currais, prostíbulos melhor frequentados

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e tudo o tempo levou

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Foi há 50 anos. Quando tudo parecia ir mudar, para melhor. O estertor do racismo, a mitigação da pobreza, a eliminação da fome, a erradicação de doenças causadas pela miséria e pela falta de assistência médica. Cinquenta anos depois, estamos à beira de novos, maiores cataclismos. Mais exploração, mais guerras, mais injustiça social, mais seres humanos, todos os dias milhões em todo o mundo, caem mortos, assassinados por falta de comida, por excesso de bombas e de balas. O poder do dinheiro, das bestas da alta finança, nunca foi tão imenso. Os seus lacaios - políticos, testas-de-ferro, lambe-botas, empregadotes -, nunca foram tão insanos, tão sedentos de sangue e de riqueza. A América elegeu um presidente negro mas a América continua a mesma. A mesma miséria moral das elites, a mesma ganância, o mesmo desprezo pela vida humana. Precisamos de mais Luther Kings. Milhares.

quem nos acaba o resto? venham ver fregueses! é barato! é barato!

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O presidente da Federação da Industria Alemã (BDI), Ulrich Grillo, propõe como alternativa na resolução da crise grega que Atenas transfira parte do seu vasto património nacional para o fundo de resgate europeu, que poderá vendê-lo para se financiar. Jornal "i", 27 de Agosto do ano da desgraça de 2013 Por cá, encomendem desde já o rol aos entendidos que os há e muitos, entre vendilhões e vendidos: torre de Belém, Jerónimos, Clérigos, Madeira, Açores. E a Cabra. Não se esqueçam da Cabra.

sob o céu de lisboa

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portugal, terra queimada (5)

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Imagem:  http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt/

é tão lindo envelhecer em portugal

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Querem-nos com mais saúde, dizem-nos os hipócritas. Querem-nos a viver mais e melhor, dizem-nos os beneméritos não se sabe bem de quem sem ser deles mesmos. Que comamos legumes, fruta, farináceos. Que evitemos as gorduras, as carnes vermelhas, o álcool, o café. E, acima de tudo, nada de tabaco, nem uma passa, um pequeno prazer, nada de nada, que está cheio de impostos e de nicotina. Entrementes, aos 50, 50 e tal, atiram-nos para o desemprego, por imprestáveis, velhos, desadequados ao mundo moderno e aos seus altos valores, alto rendimento, complexíssima tecnologia, exigentíssima especialização, pouca ou nenhuma experiência e sobretudo, ah! e sobretudo, salários a rondar a miséria, um terço, um quarto do que ganhávamos e toma lá que já vais com sorte em arranjar trabalho.  Entrementes, não nos deixam reformar, sem penalização, antes dos 66, daqui a uns tempos 67, 68 ou 69 que nunca foi um bonito número. Se chegarmos à idade da reforma, se tivermos essa sorte ou azar, atir

portugal, terra queimada (4)

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Por Henrique Monteiro http://henricartoon.blogs.sapo.pt/

portugal, terra queimada (3)

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Rafael Marchante - Reuters/Jornal "i" Paulo Novais - Lusa/Jornal "i" Lusa/Jornal "i" Lusa/Jornal "i" Nuno André Ferreira - Lusa/Jornal "i" Nuno André Ferreira - Lusa/Jornal "i"

futuro hipotecado

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Por Viriato Soromenho-Marques http://www.dn.pt Thomas Jefferson, o pai da Declaração de Independência dos EUA, manteve até ao fim da sua vida uma hostilidade incondicional para com a especulação bancária. Ele sabia, pela sua experiência de empresário agrícola, que o crédito se tornava facilmente o veículo de uma escravatura perpétua. Por isso, Jefferson, como estadista, formulou o saudável princípio de que uma dívida pública não deve ser prolongada para além de 19 anos, sob pena de uma geração esmagar a geração seguinte com os custos das suas dívidas. Ficámos a saber que entre 1999 e 2013 as empresas públicas contrataram 1777 swaps com a banca de investimento, sobretudo internacional (onde se encontrava até o Lehman Brothers...). Esses contratos, muitos deles especulativos, atingem o valor astronómico de 335 mil milhões de euros (mais do que quatro resgates da troika). Desde 1992, os governos já tinham alienado uma parte da riqueza nacional futura às grandes famílias económica

portugal, terra queimada (2)

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por um naco de pão

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no mercado das cores

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nos cornos da vida

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se os amanhãs cantassem

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de que lhe valeu?

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sinfonia indiana

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um rapioqueiro na sala oval

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Portas já está instalado no palácio das Laranjeiras, num gabinete sumptuoso, recheado de móveis antigos, de tectos trabalhados e configuração oval, que Portas não é menos que Obama, que Bush, que Kennedy! É um forrobodó, um carnaval de fogo-fátuo num tempo em que Portugal fenece e os portugueses empobrecem. Um insulto vindo de quem vem, do protector dos pobrezinhos, dos reformados, dos pequenos agricultores.  Desvergonha. Vaidade. Hipocrisia. Sem roupagens que lhe consigam disfarçar o pobre ser que é. Dado à rapioca, ao estadão, aos galões de galaréu. Imagem: Expresso

morreu o borges e morre o país aos poucos

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E agora? Quem trata das privatizações? Chamem o Relvas! Seguramente, as almas acristianadas amigas de Borges ficarão chocadas com a forma displicente, desrespeitosa, com que trato da morte de alguém. Mas não é tal sorte, a morte, que apaga o mal que nos fez, a Portugal e aos portugueses, em vida. Que seja muito feliz lá nas alturas, onde as almas acristianadas acreditam que pairará.

no jogo da vida

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Afeganistão