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A mostrar mensagens de abril 7, 2013

abençoados juízes

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Por Constança Cunha e Sá http://www.ionline.pt Afinal, e como já era previsível, a tão desejada remodelação do governo acabou por se traduzir na simples substituição de Miguel Relvas - e, de passagem, de um secretário de Estado, a prazo, que tinha a seu cargo umas minudências como os fundos comunitários. Ao fim de uma semana, de intensa e pouco profícua reflexão, Pedro Passos Coelho conseguiu, por junto, arregimentar mais um prestigiado académico que vai dividir o melhor do seu tempo pelos mais desencontrados sectores: entre a coordenação política do governo, a tutela da comunicação social, a gestão dos fundos comunitários e o fabuloso dossiê das autarquias. Confesso que, independentemente das qualidades do nomeado, não me parece possível que esta florida acumulação de funções tenha condições mínimas para funcionar. Se este tipo de filosofia vingar, ainda vamos assistir, lá para as calendas gregas, a uma miscelânea de pastas que junte harmoniosamente o Emprego com os Assuntos

um país ao lixo

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Temos lixo no poder. E os pobres, esses, revolvem o lixo em busca de salvação.

puto ruim

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Era uma vez um puto. Mimado, mal formado, mal educado, ambicioso e imbecil. A sua frase favorita era: a vingança vai ser terrível! O pai, pobre pai, cortava-lhe na mesada, nas guloseimas, nas saídas, para ver se o puto aprendia a comportar-se, se se tornava menos sacana para os outros ganapos. O puto vingava-se: ia-lhe aos cigarros, fanava-lhe dinheiro da carteira, escondia-lhe o cachimbo, partia-lhe os óculos, trocava-lhe os comprimidos para o coração por simples mesinhas para a tosse. Matou-o. Fez-se justiça à maneira do puto. E o puto foi longe, na política, nas finanças, no empreendedorismo com que tanto enche a boca. Chamam-lhe filho da puta. É um puto. Ainda é um puto. Mimado, mal formado, mal educado, ambicioso e imbecil. E que, agora, já não rouba o papá mas um país inteiro. O pai está morto, vivam o país e os portugueses!

tudo para o galheiro

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Por Luís Rainha http://www.ionline.pt Andaram anos a dizer-nos que Portugal é uma família de moinantes que gastou muito mais do que podia. Acreditamos na fábula? Vamos então actualizá-la. A família Coelho teve de cortar nos gastos. O pai reduziu por decreto contas de supermercado, mesadas, livros e inutilidades similares; até o tempo dos banhos. Mas os megafones da fábula tinham- -se esquecido de algo: muito do rendimento da família vinha do que vendiam uns aos outros. Sem clientes, o ginásio da filha fechou, a mercearia do filho emagreceu e o estaminé de venda de gás do genro esvaziou-se. O dinheiro lá de casa seguiu o caminho do dodó. Do alto da sua clarividência, opater familias nada disto imaginara. Sai nova invenção: “Vamos gamar o cheque da pensão do avô. De caminho, obrigamos o inútil do primo desempregado a dar-me um bom bocado do subsídio, antes que o gaste em parvoíces. E como os funcionários públicos são uma cambada de madraços, saquemos uns euros valentes à tia

a fraude e a barafunda

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Por Baptista-Bastos http://www.dn.pt/ Para o dr. Pedro Passos Coelho a culpa das nossas desgraças é sempre do "outro". Ele nada tem a ver com isso. De tal forma a desvergonha atinge o desaforo que, pouco depois de tomar posse, pediu desculpa aos portugueses pelos erros de... José Sócrates! Passos é virtuoso, paladino denodado do "interesse nacional", patriota indefectível e cuidador infatigável dos mais desafortunados. Di-lo sem escrúpulo e sem pudor, obedecendo a um breviário ideológico que se refugia na invocação constante, para justificar a sua acção, dos temas da modernização, da revisão geral das políticas públicas, da competitividade da economia e da racionalização das escolhas orçamentais - custem o que custarem. A última do cavalheiro foi a de, pela segunda vez, tripudiar sobre as decisões do Tribunal Constitucional, depois de ter exercido, com um par de asseclas e a colaboração de alguma Imprensa, descaradas pressões de sobreaviso e de ameaça.

vítor gaspar e passos coelho enlouqueceram e sequestraram o país

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Por Daniel Oliveira http://arrastao.org/ O ministro das Finanças instaurou, desde hoje, o Estado de Exceção em Portugal. Como forma de punir o País, sequestrou todas as instituições, proibiu todas as despesas, por mais pequenas que sejam, deixando todo o Estado paralisado de um dia para o outro. António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, deixou apenas três exemplos: "ficamos impedidos de comprar produtos correntes para os nossos laboratórios, de adquirir bens alimentares para as nossas cantinas ou de comprar papel para os diplomas dos nossos alunos." Agora multipliquem isto por milhares. Pelos centros de saúde (apenas os hospitais ficaram de fora), escolas, repartições públicas, centros de investigação. O homem ensandeceu de vez. A decisão do ministro é de tal forma insensata e perigosa, e é de tal forma evidente que se trata de uma manobra política para criar o pânico no País e assim impor a sua vontade, que se exige uma imediata intervenção do Pr

diga à gente, diga à gente, como vai este país

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Os últimos bonecos de  http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt/ . Certeiros, como sempre.

a graça de kelly

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Fotografias:  http://life.time.com

primeiro-mentiroso

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Por Paulo Morais http://www.cmjornal.xl.pt Passos Coelho, quando candidato nas últimas eleições, prometeu o céu. Mas remeteu-nos ao inferno. Em campanha, tinha garantido que jamais aumentaria impostos. Afiançou também que não seria necessário baixar salários, pensões e reformas ou retirar subsídios. O equilíbrio das contas públicas far-se-ia com a redução de gorduras nos setores intermédios do estado, a diminuição das rendas das parcerias público-privadas e, a longo prazo, com uma profunda reforma da Administração. Dois anos volvidos, conclui-se que Passos Coelho aplicou medidas precisamente opostas às que tinha prometido. Mentiu-nos, numa atitude em que foi acompanhado pelo seu parceiro de coligação. O CDS defendia a diminuição da carga fiscal, até chegar ao governo e se tornar cúmplice do seu agravamento. O antecessor de Passos, José Sócrates, fez o mesmo. Prometendo não aumentar impostos, não tardou em fazê-lo quando subiu ao poder. Mais um mentiroso. Da mesma forma

paspás às suas almas

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Por Samuel http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/ Não me lembro de alguma vez ter feito festa pela morte de alguém... mesmo quando, pessoalmente, poderia considerar ter motivos para tal. Daí que as notícias sobre os festejos a propósito da morte de Margaret Thatcher não me agradem... excepto um pormenor de génio, terrível no seu silencioso simbolismo: alguém que foi deixar um ramo de flores e uma garrafa de leite à porta da falecida ex-primeira-ministra, lembrando o facto de ter sido ela a cortar o fornecimento de leite às escolas, deixando milhares de crianças pobres sem o seu leite gratuito. Na verdade, aqueles que sofreram na pele a paranóia fanática da “dama de ferro” não esquecem que foi ela a precursora de uma trágica viragem na política europeia moderna. Uma viragem para o neoliberalismo mais canalha. Para o egoísmo cego. Para a insensibilidade social. Para o recrudescimento da exploração selvagem. Na verdade, por mais que os “cavacos” e os “passos coelhos” d

desculpa passos, a culpa é nossa

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Desculpa lá qualquer coisinha, ó Passos. A culpa da crise, do descalabro, da austeridade, é nossa e muito nossa. A culpa é de quem andou a viver acima das suas possibilidades. A culpa é de quem, embora ganhando um salário muito inferior aos praticados na maior parte da Europa "comunitária", viveu faustosamente e achou que tinha a crescer no quintal, na varanda, na banheira, vigorosa e inesgotável, uma gigantesca árvore das patacas. A culpa é dos velhos, que teimam em não morrer e que recebem pensões demasiado generosas. A culpa é dos doentes, que teimam em tratar-se. A culpa é dos estudantes, que teimam em querer ser alguém na vida. A culpa é dos funcionários públicos, essa turba de madraços. A culpa, já se sabe, é do Sócrates que inaugurou, em 6 curtos anos, estradas para nenhures, centros culturais, pontes, estádios, rotundas, empresas públicas, empresas satélites do Estado, empresas autárquicas, fundações e demais instituições que sempre souberam vir comer à mesa do o

a exploração está na moda

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Esta reportagem passou há dias num dos nossos canais de notícias. Armando Ortega, o homem mais rico de Espanha e um dos mais ricos do mundo, é o dono da Inditex (leia-se Zara, Pull & Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, etc.). Vende barato porque produz barato. Recorrendo a trabalho infantil, longuíssimas jornadas de trabalho em antros onde nem os ratos deviam viver, abusos contra uma população disposta a tudo por um pedaço de pão, até a morrer lentamente. 

atirem-lhes bolos

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Desde que começou a crise provocada pela banca - e as consequentes medidas de austeridade para roubar ao povo o dinheiro que faltava ao capital - a Europa já produziu 26 milhões de desempregados, o equivalente a quase três países com a população de Portugal atirados para a indigência.

a passos e ao cambalacho, põe cavaco a mão por baixo

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Cavaco é desta opinião e da contrária se preciso for. Ora é contra o governo ora o protege desde Belém, com frémitos de mãe babosa. Ora diz umas coisas acertadas (poucas) ora titubeia dislates (muitos). E é assim que este povo, e não será desta que aprenderá a lição, entrega de mão beijada o poder a pequeninos seres entretidos com os seus afazeres, os seus prazeres, os seus interesses sempre mesquinhos, os interesses da classe que os pariu. Assim seja. Que pague o justo pelo pecador.  Imagem:  http://wehavekaosinthegarden.blogspot.pt/

a um passos do abismo

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Imagem:  http://henricartoon.blogs.sapo.pt/

après moi, le déluge

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Erguem-se mais e mais vozes indignadas com a forma como Passos Coelho, querendo virar o feitiço contra o feiticeiro, está a culpar o Tribunal Constitucional por reprovar medidas ... inconstitucionais, ameaçando com mais cortes no Estado Social (leia-se: cortes aos depenados) e com o apocalipse. Não sei qual é a surpresa. Do homem que mentiu como mentiu e que tem governado contra o povo, sempre contra o povo, em favor do grande capital internacional, espera-se tudo. Até tirar olhos. Pedro Passos Coelho é um ser insignificante, como político e governante. E como ser insignificante deixará a sua marca em Portugal. Trágica. Relvas já se foi. Coelho quererá alimento, seguir-lhe-á os passos. Mas só depois da obra feita, aquela para a qual, com estratagemas, mentiras, intrigas, engodos vários, foi eleito. Que venha o dilúvio.

tribunal constitucional - o bode expiatório

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Por Tomás Vasques http://www.ionline.pt O governo colheu, em três dias, a grande tempestade formada pelos ventos que andou a semear durante quase dois anos. Na quarta-feira, o PS formalizou, através da apresentação de uma moção de censura, a ruptura completa com o rumo escolhido por Vítor Gaspar e Passos Coelho para o país tirar o pé da lama. Para trás, ficaram os tempos, não muitos distantes, da “abstenção violenta” com que o maior partido da oposição votou o Orçamento do Estado de 2012 ou a recusa de António José Seguro em envolver-se no pedido de inconstitucionalidade de normas do orçamento do ano anterior. Este distanciamento do PS foi, em grande parte, motivado pela arrogância do governo. Na quinta-feira, Miguel Relvas, o homem que transportou ao colo Passos Coelho até à liderança do PSD e, depois, até primeiro-ministro, como o próprio afirmou, e que tinha por missão coordenar o governo, foi obrigado, literalmente, a demitir-se por causa das irregularidades da “sua vida a

o pré-aviso de demissão do governo

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Por Ana Sá Lopes http://www.ionline.pt A “narrativa” já está pronta para o dia em que o primeiro-ministro anunciar ter chegado “ao limite das suas forças” o que, a avaliar pela comunicação de ontem, não deve faltar muito. O governo estava a fazer tudo bem, cumpria os compromissos com “os nossos credores”, não falhava um número, um objectivo e uma estratégia, estava cheio de cuidados a atravessar a floresta, e depois veio o lobo mau e comeu-o. O lobo mau tem diferentes personalidades: o que foi mais directamente visado foi o Tribunal Constitucional, que se recusou a suspender a Constituição em nome do mandamento de que “em tempo de excepção as nações podem precisar de respostas excepcionais” [sic]. Falando a partir de um Olimpo imaginário, Passos Coelho decidiu tomar-nos a todos por parvos e desfiou um rosário de bondades e sucessos do programa da troika, apenas posto agora em causa por causa do famigerado Tribunal Constitucional. Mas há também o lobo mau de Belém que c

o triunfo do cansaço

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Por Viriato Soromenho-Marques http://www.dn.pt Numa célebre conferência sobre o inquietante destino da Europa, proferida em 1935, o grande filósofo judeu Edmund Husserl advertia: "O maior perigo da Europa é o cansaço." Ontem, o discurso do primeiro-ministro (PM) espelhou uma zangada fadiga. Em vez de usar a independência do Tribunal Constitucional (TC), traduzido no seu acórdão contra o OE, como um argumento de legitimidade democrática perante os credores, o Governo prefere transformar o TC no bode expiatório dos resultados negativos de uma governação que assumiu com alma e coração o ultimato dos credores em vez do interesse nacional. Ao recusar reconhecer que os maus resultados dos indicadores económicos se devem à falta de lucidez política e ao improviso técnico do programa de ajustamento, o PM mostra bem como o risco de falência que ameaça Portugal envolve não só as finanças públicas, mas as próprias instituições e valores democráticos. Ao longo dos últimos dois