fujam portugueses que vai haver merda no beco


Um cartaz à entrada de um café algures no Brasil. E o nosso governo, que tanta merda tem feito e não paga nada? Antes pelo contrário, rouba todo um povo, quer transformá-lo numa vasta multidão de maltrapilhos para sustentar os Borges, os Salgueiros, os Catrogas, os Duarte Limas, os Dias Loureiro, os Ulrich, as Jonet da nossa praça, esses sim, todos eles, os verdadeiros cagões da Nação.

A semana que passou foi fértil em diarreias expulsas pelos cérebros destas criaturas. João Salgueiro quer os desempregados (todos eles, licenciados ou não) a limpar matas. Passos e Borges uniram-se para alvitrar, por enquanto só alvitrar, que o salário mínimo deveria descer para ajudar à criação de emprego (para uma multidão de maltrapilhos, está bom de ver). Os reformados da banca estão "indignados" porque, dos 40.000 euros que alguns recebiam agora só lhes vêm parar às mãos uns míseros 10.000. A Direcção Geral de Saúde vai publicar um livro que ensina o povoléu a substituir a carne, a comer sopinhas, a reduzir a conta do supermercado porque todo o dinheiro é pouco para o fisco, para a banca, para os luxos de um Estado pária que não abdica das grandes negociatas para os amigalhaços, das viaturas de luxo, dos milhentos assessores e secretários, dos costumeiros jobs for the boys. Álvaro Pereira anuncia o desvio de quase 4.000 milhões de euros para a construção civil, o mesmo que querem surripiar à Saúde, à Educação, às Prestações Sociais. Cavaco Silva, do alto do seu cadeirão presidencial, mantém-se firme e hirto na sua vontade de nada dizer, de não nos socorrer, um pusilânime general num labirinto de indecisões e cobardias.

Só nos resta chamar, com urgência, os serviços de desentupimento de esgotos. A merda está a subir, transborda dos muros de Belém e São Bento, já nos está a chegar aos bolsos. Não tarda nada, vai-nos atingir as vidas.

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