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A mostrar mensagens de julho 8, 2012

vai-te a eles, meu herói!

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Os números do Eurostat são mais devastadores do que os do INE. Será que o INE faz estatísticas ao gosto de quem governa ou a coisa é séria e imparcial? Seja como for, os números são irrefutáveis: mais de 3 milhões de portugueses vivem com menos de 500 euros por mês. E este número aumenta a cada dia que passa. Obrigado Passos. Prometes-te empobrecer-nos. Conseguiste. Isso, ao menos, conseguiste. Força agora para o segundo round . Descontando para aí uns 100.000 protégé , quanto muito, tens que acabar a tua obra: restam 6.900.000 portugueses que ainda estão a ganhar demais, acima dos 500 euros. É um absurdo, uma infâmia, uma injustiça. Vai-te a eles, herói!

la peineta y el joder

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Uma autarca do PP (no interior do carro) responde com um gesto obsceno ( la peineta ) a um grupo de manifestantes. Mas isto não é nada. Uma deputada, igualmente do PP, já tinha berrado " Que se jodan! " em pleno parlamento. O insulto foi dirigido aos desempregados. Ela desmente, mas entre o mente e o desmente desta gente, a gente acredita é nos primeiros impulsos, esses é que contam. Revelam a verdadeira natureza dos energúmenos. Joder , digo eu que não sou menos do que elas, as discípulas de Rajoy. Puta madre .

bailarico saloio

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Coelho apoia Relvas, defende-o com unhas e dentes, à sua honra, à sua licenciatura forjada nos corredores da baixa política, labirintos de corrupção, jeitinhos, palmadinhas nas costas e servicinhos pela calada da lei. Coelho, o impoluto, o que vinha limpar Portugal, dança ao som da mesma música de Relvas. Juntinhos. Agarradinhos. Até que a morte política os separe. Foram feitos um para o outro, as carreiras profissionais e partidárias são parecidas, o pensamento serôdio é igual, o desprezo pelos portugueses é sentimento comum. São saloios armados ao pingarelho. Podiam ser irmãos. São um par contra natura . Amam-se. Apoiam-se. Sabem que este é o seu momento, do tudo ou do nada, do custe o que custar. Portugal é para os ricos, os muito ricos. E eles querem ser ricos, muito ricos. Para isso tudo fizeram para serem doutores da mula russa, mentem, ameaçam, exterminam o que de bom se fez em Portugal. Dançam a dança da morte. Que, ou me engano muito, ou os atingirá aos dois. Num canto de fina

doidos, doidos, doidos andam os ministros

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Doidos, doidos, andam os ministros Para pôr o ovo lá no buraquinho Raspam, raspam, raspam P'ra alisar a terra Picam, picam, picam Para fazer o ninho Arrebita a crista o galo vaidoso Có-có-ró-có-có Canta refilão E todo emproado com ar majestoso É o comandante deste batalhão. Lido em:  http://jumento.blogspot.pt/

onde pára o dinheiro?

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não somos mercadoria

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porque os outros se calam mas tu não

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Nunca te tinhas metido numa manifestação. Agora, andas na rua desde 12 de Março mas, ao contrário de milhares de outros que foram lá, cinicamente, com o único intuito de depor Sócrates e dar a vitória à canalha, tu foste lá pela mudança de regime, de sistema, por mais democracia, melhor democracia. E, ao contrário desses, que ficaram em casa desde que conseguiram os seus intentos, tu continuas na rua porque nada do que tu ambicionas para o teu país foi satisfeito, muito antes pelo contrário. Depois de Sócrates veio Passos e tu continuas na rua, com mais razões de queixa do que antes, com mais angústias, com mais revolta. Não és comunista, nem socialista, nem bloquista, mas tens em ti um bocadinho de todos eles. Solidário, exiges solidariedade. E exiges união de todos contra a barbárie que tomou conta do país e sacrifica, tortura, mata Portugal e os portugueses. Não desanimas, apesar das ruas vazias, do povo que se amesquinha calando-se. Sabes que a razão está contigo. Ficarás na ru

soltem os cães!

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Tal como cá, o povo espanhol rejeita a austeridade. Mas, ao contrário de cá, sai para as ruas aos milhares, jovens, idosos e até crianças. No entanto, a polícia está atenta. Atenta e furiosa, amaina a revolta e castiga às cegas. As imagens e o vídeo são de ontem, em Madrid.

hoje a janta é no gambrinus

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Acho que os Gambrinus, os Tavares Ricos e demais restaurantes de luxo têm todo o direito de existir. O que não devia existir era isto, estes meninos à espera da morte. Do alívio.

a criançola

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Passos Coelho é, já o tenho dito, um rapazola sem experiência de vida, seja profissional seja no pensamento humanista, no sentir solidário, em tudo o que nos faz gente de bem. Galgou à presidência do PSD, conseguiu ser primeiro ministro à conta do embuste e tem uma agenda ideológica a cumprir, custe o que custar. Calculista, quer ficar bem visto perante os mercados, a senhora Merkel, os senhores do mundo. Pensando já numa auspiciosa carreira, que o liberte de Massamá e o faça ascender à classe dos grandes, dos ricos. Fala em nome do povo. Diz que quer mudar Portugal para que os nossos filhos possam herdar um país melhor, sustentável. As palavras são boas. Os actos são péssimos. Está a destruir milhares de empresas, milhares de empregos. Está a comprometer o nosso futuro. Mas, como criançola que é, não mede as consequências. Não mede a agitação, a revolta que crescerá a cada dia que passa. Conta com a passividade do povo. Esquece-se dos movimentos apartidários, dos desempregados, dos

algo me diz que isto vai acabar mal

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Ou bem, conforme a perspectiva de cada um. As imagens são da Revolução Francesa.

cavaco escavaca

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Ele foram as escutas. Ele foi o BPN. Ele foram as reformas que não lhe chegavam. Ele foi a fuga aos alunos da António Arroio. Mas agora Cavaco foi mais longe e escavaca, a meu ver, a pouca reputação que lhe sobrava. Disse ele numa entrevista ao jornal holandês "Financieele Dagblad" que os portugueses foram “demasiado negligentes” e estão a sofrer as consequências de terem tido uma “vida fácil”.  Oh doutor, por quem é, depois de "piegas" o epíteto "negligente" não é insulto, é carícia, música para os nossos ouvidos. E quanto à vida fácil, tem toda a razão. Abusámos. Pagaram-se salários opíparos, exigiram-se mordomias de faraós, esbanjou-se dinheiro em broches e arrecadas, compraram-se casunchas no Algarve, enfim, foi um fartote de benesses com que cada português se alambazou. Foi gastar à tripa-forra, comer à fartazana, viajar como nababos, consumir como se o mundo fosse acabar na manhã seguinte.  Felizmente temos um Cavaco, e o seu benjamim Coelho

relvas, piso sagrado

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a ministra de que o governo estava à espera

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Bagão Félix, António Capucho, tantos outros da afanada cor governamental, defendem que Relvas já se devia ter demitido. Aqui está a figura alternativa, ou não fosse mestre de alterne. Versada como é, e tendo em conta a sua profissão, pode-lhe ser outorgado, de mão beijada ou outra coisa qualquer, o canudo de relações púbicas, perdão, públicas. E, sendo brasileira, acrescente-se-lhe o canudo de relações internacionais. Quanto ao ministério a ocupar, eles podem ser tantos que o difícil será escolher: o da saúde, porque toda a gente sabe que "aquilo" faz bem aos órgãos; do interior por razões tão óbvias que me escuso a descrevê-las; da educação porque será perita em línguas; da agricultura porque sabe fazer publicidade à própria fruta e, além disso, conhece de ginjeira certos frutos eruditamente designados por Solanum lycopersicum; dos negócios estrangeiros porque não há negócio mais internacional do que aquele a que se dedica. Enfim, com tantos predicados o que devia ser,

se outros fossem a governar

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bestas humanas

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Um bando de bandalhos, segundo parece de famílias finas de Cascais, com frequência das melhores escolas da linha, católicas, as escolas e se calhar as criaturas, decidiram divertir-se uma noite destas. Fartos da rotina das discotecas, quiseram variar e não foram de modas. Deitaram fogo a um prédio devoluto, refúgio de cabo-verdianos, que divertido seria vê-los a fugir envoltos em chamas. É esta gente, em geral, que vota PSD e CDS. Tal como eles, também os seus mentores deitam fogo ao país. Dá prazer. Muito prazer. E o que me custa é que outros, milhares de outros que nada têm a ver com esta gente, votem da mesma maneira como se as suas aspirações, necessidades e concepções de vida fossem as mesmas.

a mulher coragem

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a pobreza calada

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Por Daniel Oliveira (...) Está na moda fazer um retrato estranho dos portugueses. Mimados, "piegas", mandriões, aldrabões, penduras, dependentes do Estado e dos subsídios. Não me espanto. Este é o retrato perfeito de uma elite que se habituou a viver do ouro do Brasil, das colónias, do condicionalismo industrial, das maroscas com osdinheiros europeus, da troca de favores entre o poder político e económico, das empreitadas das PPP, dos gestores mais bem pagos da Europa servidos pelos trabalhadores que menos recebem, do trabalho barato e semiescravo e de uma completa ausência de sentido de comunidade. De um país desigual. A desigualdade não tem apenas efeitos económicos e sociais. Tem efeitos cognitivos. Com raras exceções, determinadas por um percurso de vida diferente ou por uma forte consciência social e política, a nossa elite não faz a mais pálida ideia do país onde vive. E tem a sua experiência e a experiência de quem a rodeia como única referência. Porque a desigual

é borracha, senhores, é só borracha

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Na manifestação dos mineiros, ontem em Madrid, a polícia de choque fez dezenas de feridos. Este homem mostra as costas, feridas por balas de borracha e, assim sendo, chego à conclusão de que os gorilas foram benévolos. Afinal de contas, é só borracha. Não morreu ninguém. São boa gente, treinada para dar um safanão a tempo aos prevaricadores, mas com jeitinho, com muita meiguice. Sugiro ao Dr. Macedo, o das polícias e não o que nos anda a tratar da saúde, que mande os nossos polícias anti-motim estagiar em Madrid. Sempre ficavam a saber que os cassetetes estão démodé . Nisto de dar porrada, não podemos agir como noutros tempos. Há que investir em armas novas e na educação dos galifões policiais, que tanto lutam em defesa da pátria contra agentes infiltrados do comunismo, do terrorismo e de todos os outros ismos, ai eles são tantos, esquerdismo, socialismo, que tentam boicotar a obra do grande governo, excelso como poucos, que Portugal tem a sorte de ter à frente do seu destino.

pôr-do-sol em nova iorque

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Acho que os americanos têm os alqueires mal medidos. Acho mesmo. Ontem, na cidade que nunca dorme, Nova Iorque, o trânsito parou para que os transeuntes pudessem ver, fotografar, filmar o pôr-do-sol. Parece que este fenómeno, afinal tão corriqueiro, só se vê duas ou três vezes por ano no interior de Manhattan. Os prédios ou as nuvens tapam-no a maior parte do ano. Venham para Portugal, oh misters . Deixem aqui dinheiro, que a malta bem precisa, e aproveitem para ver um Sol como deve ser, vermelho, gordalhão, tipo frade bem nutrido. Fotografias:  http://www.sabado.pt

que seurat, seurat

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Imagem:  https://www.facebook.com/pages/Anonymous-ART-of-Revolution/362231420471759

rir para não chorar

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Fonte das imagens:  http://www.cartoonmovement.com/

senhor primeiro-ministro, temos cara de palhaços?

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Por Tiago Mesquita http://expresso.sapo.pt Sem ofensa para os palhaços profissionais, que muito respeito, mas foi o que me ocorreu após ter ouvido o primeiro-ministro no debate do Estado da Nação. Até um "eu não vejo nenhuma razão para que os portugueses se sintam assustados" lhe saiu. Perdão? Falo por mim, mas quando o ouço falar desta forma ponho o nariz vermelho e pego logo na corneta. E se estava assustado, pior fiquei depois da demonstração de optimismo delirante a que assisti. Em que mundo, ou melhor, em que país vive o senhor? Acha sinceramente que existe algum português vivo que ainda acredite nesse fadinho corrido do contentamento de quem está no poder desligado do país real? Os portugueses têm todos uma licenciatura em "igualzinho-ao-anterior-e-igual-ao-próximo" e doutoramento feito com muito bom, louvor e distinção na defesa da tese PSD + PP = PS = estamos lixados outra vez. Tudo feito presencialmente. Apesar de ter a certeza que algumas Universi

o senhor absoluto

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espanha em guerra

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As imagens mais parecem de uma guerra, uma guerra-civil. Podia ser na Palestina, na Síria, no Iraque, mas é mesmo aqui ao lado da nossa porta, aconteceu há horas, há dias. A polícia entra, de armas em punho, pelas casas de gente indefesa, como se todos fossem criminosos, terroristas, talvez até perigosos comunistas. O inimaginável está a acontecer. Em Espanha, esse vale dos caídos de há tantos anos. Os fantasmas estão de volta. São dias que julgávamos extintos. Não sei que mais dizer. Tenho a morte na alma. Para comparar, não esquecer, estar alerta contra os esquadrões da morte que nos rondam a soleira:

e com esta vos deixo. boa noite!

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portugal solidário

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fumei erva, sou relvas, licenciaram-se em agricultura

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o princípio da honra

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Por Baptista Bastos http://www.dn.pt Portugal está, novamente, dividido entre "eles" e "nós." Como no tempo do fascismo nada temos a ver com decisões, não partilhamos o que nos impingem, desconhecemos o que engendram, ignoram-nos e desprezam-nos. Não há que escapar à expressão das palavras. A pátria transformou-se numa instância de encerramento para a maioria dos portugueses, e quem reina perverteu completamente a natureza do 25 de Abril. O poder do PSD-CDS não é um meio, mas um fim. Uma cegueira e uma surdez patológicas caracterizam este governo, cuja classe a que pertence já manifesta, ela própria, sinais de embaraço e de inquietação. Demonstrações de protesto e de cólera acompanham os governantes, para onde quer que vão. O Presidente da República não escapa à ira. É refém da teia reticular com a qual se cumpliciou, esquecendo os compromissos de honra e a qualidade imparcial das funções que exerce. As vaias de que é objecto representam não só um ricochete pelas

porque nem só com a lurdinhas se faz deseducação

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viva la democracia, coño!

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Em Madrid, esta noite.

direito de pernada

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Ainda se lembra do absolutismo? O tempo em que milhões morriam à fome enquanto uma elite de senhores acumulava fortuna e detinha direitos sobre o povo escravizado, incluindo o de pernada? Depois veio o iluminismo, a Revolução Francesa, mas alguns séculos de luta mais tarde o mundo regride, volta atrás, temos uma elite que vive na opulência e uma massa anónima de pobres e novos-pobres. Para uns, o jardim. Para os outros, a estrumeira. Enquanto isto ia acontecendo por África, pela Ásia, pela América Latina, fechámos os olhos, era lá longe. Mas agora tudo se passa aqui. Na sua casa, se ainda a possuir. No seu emprego, se ainda o tiver. Num ano, o ano do governo de todos os desmandos e de todos os pesadelos, o valor do trabalho baixou drasticamente. Assustadoramente. O Serviço Nacional de Saúde e a educação pública correm o risco de extinção. O desemprego atinge níveis nunca vistos. O consumo está quase paralisado. O medo tolhe muitos de nós, deixa-nos absortos, aparvalhados. Sem consci

a minha imagem do dia

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Madrid, 11 de Julho de 2012. Manifestação de solidariedade para com os mineiros das Astúrias em luta.

hasta la victoria!

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Mais fotografias de Madrid e da "marcha negra" dos mineiros.