coelho à moda de áfrica


Coelho é exímio na mentira, já se sabia. Mas também o é na chantagem. Fê-la com Paulo Portas responsabilizando-o pelo pedido de um segundo resgate caso este fizesse cair o governo. Insistindo na mesma táctica, no mínimo pouco abonatória para a sua idoneidade moral (nada que nos surpreenda, não é?) fez, este fim-de-semana, um apelo a Seguro para que se associe ao seu projecto de "refundação" de Portugal. E avisa já, deixando implícita a ameaça: se Seguro não o apoiar, Portugal terá que pedir um segundo resgate. Como quem diz, se isso acontecer não fui eu quem falhou, foram Seguro e o PS.

Já a política obscena que ele, Gaspar e demais membros da coelheira têm seguido não tem nada a ver com a probabilidade, cada vez menos remota, de termos que vir a contrair um segundo empréstimo, para maior endividamento de Portugal e desgraça dos portugueses. A economia está de pantanas. A eles se deve, à sua teimosia, à sua cegueira ideológica, à brutal insensibilidade social com que têm assinalado a sua governação, a mais nefasta de Portugal em democracia, tão nociva como as dos tempos da ditadura, se não pior.

Não poupemos as palavras. Em tempos de guerra, como a que estamos a viver, a elegância de estilo, a temperança de escrita, são como a abstenção violenta de Seguro: um pequeno abalo, nunca um cataclismo que faça baixas. E este governo tem que ser derrubado. Custe o que custar, expressão tão cara ao régulo de Massamá, ou não fosse ele o mais africano dos políticos portugueses. Os seus préstimos à oligarquia de Angola, o desprezo de patrão de roça com que tem tratado uma boa parte dos portugueses, estão aqui que não me deixam mentir. Nem a ele. Uma vez sem exemplo.

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