os cheira-cus

Enquanto primeiro-ministro, Sócrates não foi flor que se cheirasse. Mas o seu sucessor não cheira melhor, antes pelo contrário. Ele, que se vangloriou (oh vã glória de mandar, oh vã cobiça!), em tempos de campanha eleitoral, de ser o mais africano dos candidatos ao cargo de primeiro-ministro, é assim uma espécie de Hydnora Africana, a flor parasita que, diz quem sabe, exala um cheiro nauseabundo, a fezes e a carne em putrefacção. É o homem providencial, o homem certo no tempo certo, numa altura em que os ditadores do dinheiro mais precisam de um testa-de-ferro em Portugal que lhes faça o jeitinho de mudar, de empobrecer Portugal em nome de um capitalismo cada vez mais selvagem, cada vez mais criminoso. Há décadas que o mundo não estava tão mal, à beira de uma catástrofe. Mas, entretanto, os pivetes encardidos, criados para todo o serviço, continuam a fazer parte de governos servis, servos de senhores que, esses sim, mandam. E que fedem mais do que quaisquer outros. A miséria. A fome. A morte. É esta a tragédia do nosso tempo. O terceiro mundo alastra para as costas da Europa. A pobreza propaga-se. As vítimas multiplicam-se. Gregos, portugueses, irlandeses, espanhóis, italianos, somos todos rezes para abate nos mercados do lucro. Carne em saldo. Em liquidação total.

A solução final.

Hydnora Africana

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