cavaco escavaca



Ele foram as escutas. Ele foi o BPN. Ele foram as reformas que não lhe chegavam. Ele foi a fuga aos alunos da António Arroio. Mas agora Cavaco foi mais longe e escavaca, a meu ver, a pouca reputação que lhe sobrava. Disse ele numa entrevista ao jornal holandês "Financieele Dagblad" que os portugueses foram “demasiado negligentes” e estão a sofrer as consequências de terem tido uma “vida fácil”. 

Oh doutor, por quem é, depois de "piegas" o epíteto "negligente" não é insulto, é carícia, música para os nossos ouvidos. E quanto à vida fácil, tem toda a razão. Abusámos. Pagaram-se salários opíparos, exigiram-se mordomias de faraós, esbanjou-se dinheiro em broches e arrecadas, compraram-se casunchas no Algarve, enfim, foi um fartote de benesses com que cada português se alambazou. Foi gastar à tripa-forra, comer à fartazana, viajar como nababos, consumir como se o mundo fosse acabar na manhã seguinte. 

Felizmente temos um Cavaco, e o seu benjamim Coelho, para nos endireitar a vida, pôr-nos no bom caminho, empobrecer-nos que é, para a próxima, não levantarmos a grimpa. A cada um, a insignificância com que nasceu. Em Boliqueime ou na gloriosa e mui nobre aldeia de Cabrões.

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