oh cadilhe, não nos quilhe!


Foi Ministro das Finanças do grande Cavaco. Depois disso, tem ganho a vidinha por bancos, entre outros cargos de elevadíssimo empreendedorismo e paga régia. Será, assim sendo, homem de alguma sagacidade. No entanto, penso eu, leigo que sou na matéria, esta ideia de se taxar em 4% todos os depósitos bancários não é um convite ao levantamento em massa da massa toda e, ala que se faz tarde, transferi-la para paraísos fiscais? Isto quem pode e sabe, como é óbvio, porque aqueles que têm amealhadas nos bancos as poupanças de toda uma vida para fazer face à reforma e às pensões de miséria, esses, não têm expediente para tal. Seriam esses e não os ricos, mais uma vez e para não variar, os mais sacrificados.

Cadilhe, que foi ministro e banqueiro, quer ver de vez a banca na bancarrota? Será esta a medida que Portugal precisa para apressar o seu fim? Nada tenho contra taxar as grandes fortunas. Não me entendam mal. Mas com inteligência. Coisa que, ou me engano muito, ou Cadilhe não tem. A não ser que o seu objectivo seja outro, menos óbvio aos olhos de um vulgar mortal. Mas qual?

Comentários

Graza disse…
Não concordo totalmente com o que dizes, porque estou farto de ver sempre os mesmos a pagar a crise. Acho que não há que ter medo, porque antes dos reformados com pequenas economias ou patrimónios guardados para a velhice, haveria muitos outros ter que ser taxados. Concordo apenas com uma questão, a dificuldade de implementação por dificuldade na determinação de alguns patrimónios, mas deitar a ideia às urtigas é prescindir de que alguma justiça se faça nesta matéria.

Saudações.

Mensagens populares deste blogue

valha-nos santo eucarário!