sempre temos liberdade


Sou um mal intencionado. Ando aqui há que tempos a vociferar contra a crescente falta de liberdade e eis que mentes sagazes me vêm iluminar a moleirinha: há liberdade. Não a que eu queria, mas há. Antes assim.

Liberdade, liberdade
por António Figueira, blogue 5 Dias

Por uns minutos, fiquei a ver um debate na RTP1, magnífico pelo seu pluralismo, sobre o discurso de Sócrates e o programa do FMI. A seguir a uma intervenção de João Marcelino, sobre a necessidade de reformar o Estado & rever as leis laborais, falou Paulo Ferreira, sobre a necessidade de rever as leis laborais & reformar o Estado; será necessário, disse este, fundir autarquias e suprimir serviços, mas nada disso produzirá efeitos, acrescentou, se não for possível “libertar” os funcionários que essas fusões e supressões tornarem excedentários. “Libertar” é uma bonita palavra, que eu gosto sempre de ouvir na voz dos bardos do regime, tipo Manuel Alegre: neste caso, não percebo é bem de que é que se libertam as infelizes vítimas da “liberdade”: da chatice de terem um emprego, e receberem um ordenado no fim do mês?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

valha-nos santo eucarário!