o pai dos pobres

Paulo Portas

Para quem não se deu ao trabalho de ler o programa de governo do CDS-PP (e Deus sabe como eu tenho mais que fazer), o debate Portas-Louçã foi instrutivo. Fiquei a saber que Portas defende um Rendimento Social de Inserção pago sob a forma de vales de alimentação. Não se ter lembrado de Cheques Fnac, Vouchers A Vida é Bela ou de bilhetes para a próxima final da Liga Europa mostra que Portas sabe umas coisas sobre os probres: têm é que comer e não devem gastar o dinheiro todo em doces. Um governo com Portas no poleiro é a garantia de um Estado caridoso, sem dúvida uma boa notícia para os corações misericordiosos que pagam impostos lembrando o magistério da Madre Teresa. Enquanto Louçã fala em renegociar a dívida para desatascar uma economia condenada, Portas está preocupado em lembrar a dívida dos pobres: que são uns falhados que devem à sociedade a graça do pão de cada dia, que são uns fardos cuja sobrevivência só não é renegociada porque enfim.

Texto: Bruno Sena Martins

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