é queimá-los! é queimá-los!


Eis os comentadores, os políticos, os economistas, todos em uníssono a insurgirem-se contra os partidos da esquerda radical (sic), o PCP e o Bloco de Esquerda, por estarem contra este acordo sem terem alternativas credíveis (sic) na manga.

Não falo pelos partidos, muito menos sou capaz de aprofundar ou adiantar quais as medidas que poderiam ser diferentes, a coisa é demasiado complexa para um opineiro de bancada que, de economia, sabe o mínimo para sustentar a família. Mas, a mim, parece-me claro como água que este acordo é de uma gritante injustiça social, que transforma em sacos de pancada ainda maiores, e sacos sem fundo, as classes baixa e média e deixa praticamente incólumes a classe alta, os evasores de impostos, os co-responsáveis por esta hecatombe económica e esta humilhação nacional.

Mas se os partidos da "maioria" e, a crer nas sondagens, a maioria dos votantes, estão de acordo com o acordo, quem sou eu para denegrir esta política de desastre que, até aí chego lá, se insere num plano mais vasto de ultra-liberalização à escala mundial. 

Globalização? Já era. Mudem o vocabulário. E mudem os nomes aos partidos da "maioria". Social-democracia? Socialismo? Não os metam na gaveta. Queimem-nos. Em auto-de-fé.

Já agora, atirem a esquerda radical (sic) para a fogueira também.

Essa cambada só incomóda. Desmancha-prazeres num dia de festa como hoje.

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