no país das carpideiras

Os portugueses choram os seus tristes fados. Do império afundado e do Sebastião martirizado à pobreza crónica, às estatísticas que nos colocam sempre no rabo da Europa. Mas são os portugueses que moldam o seu destino, para o bem e para o mal, quase sempre para o mal. Até no simples acto de votar, os portugueses têm desperdiçado todas as oportunidades de inverter a situação e derrubar os políticos que, até hoje, mais não fizeram do que empobrecer, apodrecer o País e enriquecer-se a eles próprios. Pacheco Pereira, e outros, afirmarão que estas palavras, e estes sentimentos, são grosseiros, demagógicos, populistas. Foleiros. Quero lá saber do Pacheco Pereira e dos outros como ele. Valem o que valem e, até agora, valem nada porque nada fizeram por Portugal. Portugal deu-lhes notoriedade, estatuto, empregos pagos principescamente, a alguns deu-lhes cargos governamentais que não souberam exercer, a outros tornou-os milionários de um dia para o outro. E nós? Nas horas de aperto, apertam-nos o cinto e o pescoço, enquanto eles, e os da laia deles, seguem incólumes, sem que a Justiça ou as dificuldades económicas os belisquem. Façamos deste acto tão simples, o de votar, um acto de lucidez. De uma vez por todas.

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