justiça seja feita


Tenho visto mais gente a protestar no último mês do que em toda a minha vida. É um embrião. É um pequeno  passo em frente. Mas, se isso já é bom, isso não basta. O país bateu no fundo e nós com ele. Este é o tempo da mudança, ou se faz agora ou arrastaremos a nossa placidez, os nossos queixumes e a nossa má-sorte por mais décadas de delapidação dos dinheiros públicos e das nossas próprias bolsas. Temo que só falatório não chegue. Nem manifestações, por maiores que elas sejam. Nem greves. Nem insultos a todos os políticos que nos atiraram para o monturo. Precisamos de mais. Precisamos de outro tipo de acções, originais, concretas, agressivas, significativas. Aqui vai uma ideia: não haverá por aí um advogado, ou um grupo de advogados, que queira meter uma acção contra os políticos reconhecidamente corruptos deste país? A justiça funciona mal. A justiça até estará do lado deles. Mas uma acção destas, duas, muitas, será falada, noticiada, comentada. Incomodá-los-á. Só não os envergonhará porque, isso, é coisa que eles não têm ou já perderam. E não me refiro só aos processos em curso, mas a outros que foram arquivados ou perdoados ou ignorados pela justiça. Aquela justiça que, sendo cega, tem olhinhos para o negócio e fecha os olhos à trapaça, à fraude, ao lenocídio político, à prostituição de uns para o regalo de outros.

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